terça-feira, 6 de abril de 2010

Estrutura Metodológica - Estudos de Caso

Estudos de Caso – Intervenções em Patrimônio Histórico

Antes de inciar os estudos de caso, elaborei uma estrutura medotológica para avaliar itens distintos em intervenções em patrimônio histórico com a intenção de que, posteriormente, possa abstrair as melhores situações, e soluções adotadas mais compatíveis com o objeto resultante do projeto.
Para melhor estudo de cada obra, segue abaixo os tópicos de avaliação do projeto onde será possível analisar as diferenças entre as referências escolhidas e aproveitar as melhores oportunidades para elaboração do projeto final, são eles:
• Memória coletiva – significado da construção para o local;
• Entorno;
• Implantação;
• Tipologia da Construção;
• Análise Formal – coerência entre intervenção e patrimônio;
• Teclonogia adotada – materiais e técnicas;
• Uso e programa de necessidades;

A Memória Coletiva
A memória da cidade está naquilo que as pessoas observam, vivem, presenciam, e lhes lembra algo de sua história. Neste tópico cada referência será estudada pelo significado da construção para o local, tanto a histórica que permite a continuidade da história da cidade, como o projeto intervenção que dá um novo significado a edificação, ou reafirma o significado histórico para o local.

Entorno
Conhecer o entorno é fundamental para propor basicamente qualquer tipo de projeto. Se tratando de intervenções em patrimônio histórico, o entorno circundante será o mais influenciado por mudanças na edificação antiga, por estar constantemente em contato com a edificação. O próprio bairro ou quadra pode possuir alguma característica marcante, ou edificações relevantes que podem ser levadas em consideração no momento da nova proposta. O tópico analisa a relevância do entorno nos projetos de intervenção, e de que forma os elementos circundantes influenciaram ou não na elaboração da construção.

Implantação
A implantação pode ser resultado de diversos estudos diferentes como predominância de ventos, topografia do terreno, vias principais de acesso, ou mesmo em funçào do entorno ou características de algum momento histórico. Neste tópico a análise é da maneira que está implantado a construção de patrimônio histórico e de que forma a intervenção foi implantada e quais os critérios para tal. Busca conhecer as diferentes intenções de implantação para posteriormente embasar a implentação de acordo com os critérios mais coerentes.

Tipologia da Construção
Aqui serão analisadas duas influências tipológicas, a das edificações antigas e as influênias das novas construções. As edificações antigas certamente se enquadram dentro de um movimento, ou heranças culturais da colonização, que trazem consigo sua própria organização de espaço e os tipos de construção. As intervenções, no entanto, podem ter influências modernistas, ou contemporâneas, e com isso ter resultados de contraste ou integração com o patrimônio histórico. Nesta análise será possível estudar como as diferentes tipologias se interagem entre si nas referências adotadas.

Análise Formal
As relações entre forma e espaço além de acontecerem na edificação, precisam ocorrer entre edificações, no caso, relação entre forma e espaço na construção antiga, na nova edificação e entre a edificação antiga e a nova. Existem muitas abordagens diferentes sobre a forma adotada para intervir em edificação de patrimônio histórico. Pode optar por uma solução de constraste, ou de integração e preservação de perspectivas e gabaritos. Neste tópico as referências serão estudadas pela opção da forma e espaço que fizeram e as relações estabelecidas entre o novo e o antigo.

Tecnologia adotada
Assim como a forma e espaço, as tecnicas e materiais também devem compor bem entre novo e antigo, sendo eles para contraste ou integração, as obras devem interagir entre si. Será estudado as técnicas que envolviam a construção da obra de patrimônio histórico e materias utilizados e de que forma o novo projeto apresenta compatibilidade e coerência estética, seja utilizando os mesmos materias ou não.

Uso e Programa de Necessidades
Para finalizar, o estudo do uso e programa de necessidades se faz necessário para conhecer a edificação de intervenção e saber o que propor. Nas diferentes referências analisádas será feita uma análise do uso que contemplava a antiga edificação antes da sua revitalização e o o novo uso adotado pelo projeto de intervenção onde parte do programa de necessidade se insere na obra de patrimônio e parte no novo projeto.

As referências a serem analisadas entro dessa estrutura metodológica são obras de intervenções contemporâneas e modernistas, e esta análise individual de cada uma delas resultará em diretrizes para a elaboração da implantação e projeto. As referências são:
• SESC Pompéia, Lina Bo Bardi;
• Centro Cultural Telemar, Ana Paula Polizzo, André Lompreta, Gustavo Martins, Marco Milazzo e Thorsten Nolte;
• Museu do Pão, Brasil Arquitetura;
• Museu Rodin, Brasil Arquitetura.

Estudos de Caso – Novo Ambiente de Trabalho, Criação e Conexão

A segunda parte de estudos de caso está embasada na compreensão das tipologias adotadas para o Hub. Ele não está, necessáriamente, associado a uma tipologia e nos hubs existentes vemos com frenquencia o uso da reciclagem de espaços ociosos e abandonados na cidade para sua instalação. Além do uso do hub como local de criação e empreendedorismo, o projeto incorpora a idéia de uma incubadora para estudantes, como exemplo da FIEP, SESC, SENAC e SEBRAE, além de conceitos virtuais e armazenamento e exposição de dados como referência, as midiatecas. Para fins de análise, segue abaixo a lista de referências que podem dar uma melhor compreensão do tema:
• HUB São Paulo;
• HUB King’s Cross, Londres; • HUB Bruxelas; • Midiateca de Sendai, Japão; • MIS – Museu da Imagem de do Som
• Incubadoras (FIEP, SESC, SENAC, SEBRAE – escolher)
• Reconversão das Fábricas da Philips

Revisão Bibliográfica

Patrimônio Histórico

• Por que preservar?
- Introdução ao patrimônio
Livro “O que é Patrimônio Histórico, Carlos A. C. Lemos”

• A necessidade de prédios antigos para a cidade
- Importância para a memória coletiva
- Vitalidade que há na combinação de edifícios com idades variadas
Livro “Morte e Vida de Grandes Cidades, Jane Jacobs”

• A memória coletiva
- A memória constituida da coletividade e individualidade dos fatos urbanos
- Necessidade de manter os edifícios que carregam a memória da cidade
Livro “A Arquitetura da Cidade, Aldo Rossi”

• Tipos de intervenções em patrimônio Histórico
- Busca da integração entre o novo e o antigo
- O contraste entre o novo e o antigo
- A restauração rigorosa
- Preservação de perspectivas e gabaritos
- Integração contextual através da busca pelo diálogo estético/formal, morfológico/tipológico
Artigo “Intervenções Modernistas e Pós-modernistas em Sítios Históricos, Arq. Ana Elisabete de Almeida”


Evolução do Trabalho

• Descrição sobre a evolução do modo de vida e trabalho na história do homem
- Homem – Mão
- Homem – Ferramenta
- Homem – Máquina
- Homem – Cibernético
Livro “O Mundo Codificado, capítulo A Fábrica, Vilém Flusser”

• Revisão teórica com dados sobre o aumento de pessoas trabalhando em home office
Livro “Microtendências, capítulo Trabalhando em Casa, Mark J. Penn”

• O trabalho como ócio criativo – menos coisas com as mãos, mais coisas com o cérebro
Livro “O Ócio Criativo, Domenico de Masi

• Acadêmicos se inserindo no mercado de trabalho, estudando.
- Incubadoras Empresariais
- Parcerias com instituições
Sites FIEP, SESC, SEBRAE, SENAC

• Novo ambiente de trabalho, criação e conexão
- Conceito do Hub como local de trabalho e integração
- Conceito de reciclagem de edifícios antigos
- Co-working
Site The Hub

Cronograma

Acima o cronograma de trabalho para o primeiro semestre. (clique para ampliar)
Está sujeito a modificações, mas após as últimas mudanças é provável que sejam estas datas a seguir até a banca.

Justificativa, Objetivos e Metodologia

Justificativa

A cidade de Jaraguá do Sul é uma cidade que cresceu e evolui economicamente em função das grandes indústrias e até hoje tem um pensamento muito indústrial. Atualmente o cenário do desenvolvimento industrial é marcado por grandes indústrias do setor metal-mecânico e têxtil, e grande parte da população tem sua fonte de renda nelas. Mas mesmo na indústria existe o trabalhador do conhecimento, que não precisa necessariamente estar presente fisicamente todos os dias no pátio fabril.
Jaraguá do Sul também possui um pólo formador de profissionais, o Centro Universitário de Jaraguá do Sul – Unerj, a exemplo, o curso de arquitetura e urbanismo, design, moda e outros, que começam a trabalhar dentro das novas tendências.
Juntamente com isso, o conceito de inovar que o Hub trás, entende que a reciclagem de espaços ociosos da cidade é uma atitude sustentável e inovadora, assim como diz Jane Jacobs em seu livro Morte e Vida das Grandes Cidades “idéias inovadoras devem lançar mão de prédios antigos”.
O resultado desses dados e idéias será a reciclagem de uma indústria abandonada de Jaraguá do Sul, sendo ainda um local de trabalho, mas dentro de um novo conceito, um local para trabalhar, criar, se reuniar, se conectar, um local com todo serviço e estrutura necessária para cultivar uma idéia, lançar um projeto, organizar um evento e gerenciar um negócio.

Objetivos

O objetivo geral deste trabalho é propor o projeto de um Hub, um centro de integração empreendedora e criativa, na cidade de Jaraguá do Sul. Sendo que como objetivo específicio está o reuso de uma edificação industrial abandonada e sem uso, fazendo o contraponto entre a indústria do passado e a vida de trabalho resultante, e o Hub, com a proposta de uma nova maneira de se trabalhar com a colaboração e compartilhamento de idéias, visto que um dos conceitos dessa proposta é a sustentabilidade e reciclagem, incluindo de espaços ociosos na cidade. Além disso, a retomada da memória coletiva que as indústrias da cidade representam para sua população, como Kevin Lynch fala sobre a imagem da cidade e seus elementos, onde a cidade só será legível e compreendida se houver o resgate de elementos marcantes que fazem parte de sua história.

Metodologia

• Conhecer o tema. Exemplos pelo mundo. Entender conceitos.
• Relacionar o conceito dos hubs com literatura. Jane Jacobs, Kevin Lynch... (reciclagem do espaço, valorização da história da cidade, “idéias novas precisam de prédios antigos”)
• Levantamento de dados da cidade de Jaraguá do Sul. Arquivo histórico para levantar as indústrias de maior relevância que estão abandonadas. (ver condições das físicas das edificações, relevância histórica, escala na cidade, escala de acordo com o tema.)
• Estudos de caso de Hubs pelo mundo. Estudos de caso de Incubadoras. Estudo de caso de Mídiatecas. Estudos de caso de reciclagem de espaços, contraste do novo com o histórico. (temas relacionados que agregam informações e idéias ao projeto.)
• Relacionar todos os dados afim de fazer uma boa análise sobre o local a ser escolhido. Escolher local!!
• Elaboração de uma proposta de implantação levando-se em conta terreno, edificação (fábrica), entorno, bairro, cidade e região.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Experiências do Hub SP


Há pouco mais de um ano, o engenheiro automobilístico Franco Fodor, de 41 anos, resolveu deixar o cargo charmoso de diretor regional de vendas das marcas Jaguar e Land Rover na América Latina e abrir com um sócio uma empresa de turismo ambiental. ''O mundo corporativo não me realizava mais. Eu precisava enfrentar e vencer novos desafios”, diz. Em vez de ir a um escritório próprio ou de trabalhar em casa, Franco vai todos os dias para um galpão de 500 m2, na região central de São Paulo, onde aluga uma mesa, abre seu notebook e cumpre suas tarefas.
Franco Fodor, 41 anos, engenheiro “Deixei o cargo de gerente regional da Jaguar para montar minha consultoria. Nada é mais importante do que qualidade de vida e poder inovar”
O novo local de trabalho de Franco chama-se The Hub São Paulo, um espaço para microempreendedores, consultores, profissionais independentes e pequenas empresas montarem sua base de operações. Tem biblioteca, cozinha, acesso à internet e até um balanço para repouso. O aluguel varia de 50 a 660 reais por mês, dependendo do número de horas contratadas, e fica aberto de segunda a sexta, das 8h às 20h. Hoje, o lugar abriga cerca de 130 profissionais de diversas áreas - de economistas a designers. Para se tornar um membro, existe um único pré-requisito: “Comprovar que seu trabalho tem comprometimento com a transformação social ou ecológica do planeta”, diz Maria Piza, coordenadora do The Hub São Paulo. Criado em Londres, na Inglaterra, em 2005, o conceito de escritório coletivo já está em 12 cidades do mundo. Em São Paulo, o espaço foi aberto em agosto de 2008, trazido pelo argentino Pablo Handl, seguindo os ideais originais: reunir desenvolvimento sustentável e trabalho colaborativo.
Taís Carolina Lucilio da Silva, 30 anos,
administradora “Comecei a calcular e notei que iniciativas sustentáveis não são tão caras quanto parecem. É possível montar um negócio verde lucrativo, por isso investi numa marca de roupas ecológicas”

O Hub sintetiza um jeito contemporâneo de encarar o trabalho, que une independência, empreendedorismo e preocupação com o futuro do planeta. É possível organizar seus clientes em dois tipos de trajetória profissional. De um lado estão engenheiros, administradores, advogados. São pessoas que vieram de empregos convencionais em busca de maior realização profissional. No caminho inverso, estão profissionais de áreas diversas, como biólogos, publicitários, designers. Antes, esse grupo recebia do primeiro o rótulo de alternativo. Hoje, a quantidade de oportunidades de trabalho e negócios com fundo socioambiental é suficiente para permitir que um profissional enxergue uma perspectiva de carreira de mais longo prazo na área. “Vi na sustentabilidade uma oportunidade de mercado”, diz a administradora paulistana Taís Carolina Lucilio da Silva, de 30 anos. Ela trocou uma carreira de dez anos como vendedora para montar uma consultoria de marketing para empresas verdes e desenvolver uma marca de roupas ecologicamente correta. “Apesar de ter um bom crescimento na minha carreira, chegou um momento em que percebi que precisava de satisfação pessoal”, diz Taís.

Douglas Siqueira, 41 anos, economista e administrador “Sempre fui empreendedor. No Hub tenho contato diário com diversos tipos de projetos e me sinto ainda mais estimulado a criar. Isso faz com que eu esteja sempre revisando meus conceitos”
A facilidade de fazer contatos é um dos grandes atrativos do Hub. Todos os dias, às 5 da tarde, Maria, a coordenadora, convoca quem estiver no local para uma pausa regada a café, biscoitos e discussões. A cada encontro um dos frequentadores fala sobre seu projeto, mostra quais problemas enfrenta, recebe sugestões e orientações dos participantes. “Estimulamos as conexões entre membros”, diz Maria. “No Hub, posso trocar experiências com profissionais que têm uma visão de mundo semelhante a minha”, diz a advogada Barbara da Costa Pinto Oliveira, de 32 anos, que criou uma consultoria de treinamento e gestão focada em sustentabilidade. Essa integração foi fundamental para Douglas Siqueira, de 41 anos, economista e administrador. À frente da ONG Navega São Paulo, que estimula políticas e práticas para despoluir o Rio Tietê, ele usa o Hub como escritório e contata os profi ssionais que o cercam para desenvolver seu projeto. Numa das ações recentes da ONG, Douglas contou com o auxílio de uma assessoria de imprensa, de uma profissional que trabalha com créditos de carbono e de uma pequena equipe de eventos que trabalham no Hub. “A ação só foi possível graças a esses profissionais”, diz.
Barbara da Costa Pinto Oliveira, 32 anos, advogada “Poucos têm conhecimento amplo sobre sustentabilidade. É preciso entender as implicações ambientais, sociais e econômicas da questão. Há muito espaço neste mercado”
Além do compromisso com a sustentabilidade, os membros do Hub têm outra característica em comum: a vocação empreendedora. Douglas é um ótimo exemplo. Com uma carreira estabelecida na área de marketing, já deixou o emprego para abrir um bar e, depois, para administrar a Navega São Paulo. “Criar está no meu DNA”, diz. O fomento ao empreendedorismo não fica restrito aos membros. Diretores de instituições como Amana Key e banco Santander participam do projeto de coaching coletivo Vitamina C, que coloca frente a frente empresários e empreendedores. O objetivo é fazer com que do encontro surjam novas práticas empresariais. “As empresas nos procuram porque aqui têm fácil acesso a ideias inovadoras”, explica Maria Piza.

(Fonte: Revista Você S/A, Desenvolva sua Carreira, edição 0136)

Apresentação do Tema

HUB - Centro de Integração Empreendedora e Criativa

A cada dia cresce o número de profissionais que preferem trabalhar em sua própria casa. Esses profissionais podem ser autônomos ou empregados de uma empresa, que já percebe a tendência de trabalho do mundo atual e coloca parte de seus funcionários em sistema home-office. Essa tendência mundial visa não só ganho de espaço, tempo, e qualidade de vida, como também a redução de CO2 e do trânisto da cidade. Naturalmente o conceito de home-office é dirigido aos profissionais do conhecimento, não ao operário de fábrica ou ao atendente de uma loja varejista, mas o cenário cada vez mais comum de indústrias 100% automatizadas, e do varejo primordialmente on-line, a tedendência é que quase todo trabalhador do futuro será um profissional do conhecimento.
As principais vantagens dos profissionais que optam por trabalharem casa são a redução de gastos com infra-estrutura, como aluguel, condomínio, conservação e limpeza de um escritório, água, energia elétrica, serviço de internet banda larga, assim como móveis e equipamentos, sendo que em casa, as pessoas naturalmente já dipoe de todos os equipamentos necessários para o trabalho.
Porém, existem desvantagens nessa nova forma de trabalhar. Telefonemas e visitas domésticas podem tirar a concentração, assim como o trabalho da empregada, ou a brincadeira dos filhos. A flexibilidade de horário e o ambiente familiar podem gerar algum comodismo e a falta de um lugar conveniente para receber um cliente, fornecedor, ou fazer uma reunião podem serem vistos como problemas. Mas a principal desvantagem, apontada por pessoas que vivenciaram, ou vivenciam essa experiência de trabalhar dessa forma é a sensação de isolamento. O homem é por natureza um ser social, e mesmo a pessoa que não é do tipo mais sociável, necessita dessa integação com outras pessoas. Essa é a maior desvantagem do home-office, a ausência de trocas sociais.
Como concequência disso, um novo conceito surguiu, com a essência do home-office, sem suas desvantagens, e principalmente, estimulando as trocas sociais entre os profissionais. Esse novo conceito chama-se co-working, que significa compartilhar um espaço de trabalho, com profissionais autônomos de diversas áreas. Essa nova configuração social de trabalho, fez surgir um novo pograma arquitetônico, com um novo conceito de espaço de trabalho. O termo usado é “hub”.
Originalmente, a informática utiliza o termo “hub”, ou concentrador, para designar a parte central de uma conexão em rede. Ele é o dispositivo ativo que concentra a ligação entre diversos computadores que estão em uma rede de área local, nele é possível ter várias portas, ou seja, entradas para conectar o cabo de rede de cada computador. O termo “hub” também é usado na aviação comercial. Não é uma mera coincidência, visto que seu significado é concentrador de tráfego áereo, ou seja, um aeroporto que se destaca no contexto de país ou região como foco de grande número de vôos.
Esses significados do termo são denominados para definir o novo espaço de trabalho, então o hub seria um espaço para trabalhar, criar, se reunir e se conectar. Um local que acolhe pessoas das mais diversas formações e contextos, e através da comunicação e do compartilhamento de idéias, favorece a produção das mais diversas finalidades. Atuando como concentrador, ele converge o trabalho, vida social, lazer e aprendizagem.
Atualmente existem 25 hubs pelo mundo, locais que vêm sendo transformados e convertidos em espaço de trabalho, trabalhando com flexibilidade, sempre se modificando de acordo com as necessidades individuais e coletivas. Poucas são as obras excecutadas especificamente para esse fim, mas a tendência é que se tornarão cada vez mais frenquentes, a medida que a rede de computadores for se expandindo e ficando mais acessível a todos.
A mudança de mentalidade para um pensamento mais global, e a intenção de fazer através da colaboração, torna os hubs espaços cheios de potencialidades onde é possível ampliar as estratégias de atuação.